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RÁDIO LOQUAZ -
PAUSAS DE SE OUVIR
(2016) remontagem 

Autoria:

Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz (a partir de processo criativo conduzido e dirigido por Barbara Biscaro em 2014)

Direção: Sulanger Bavaresco


Elenco:

Cezar Pizetta

Diana Adada Padilha

Giovana Rutkoski

Julia Bavaresco

Márcia Krieger

Vilson Rosalino

Sérgio Bellozupko

Sinopse

Revivendo a nostalgia dos programas de rádio com platéia ao vivo das décadas de 1940 e 50, a Rádio Loquaz, uma emissora interiorana, reúne anualmente seus artistas para uma transmissão comemorativa onde revive seus programas de maior sucesso incluindo momentos musicais, recados dos ouvintes e uma rádionovela. Mas uma forte tempestade se aproxima da cidade e os artistas serão traídos por suas memórias, trazendo à tona temais que perpassam suas relações pessoais e comprometem a transmissão radiofônica desta noite.

 

 

Release

O Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz estréia o espetáculo Rádio Loquaz – Pausas de se ouvir no Teatro Álvaro de Carvalho nos dias 29 e 30 de junho, convidando o público a reviver uma transmissão radiofônica ao vivo, nos moldes das transmissões das décadas de 1940 e 50.

 

O espetáculo é uma criação autoral do grupo a partir de processo criativo conduzido e dirigido por Barbara Biscaro em 2014 e que na oportunidade resultou em montagem homônima com ênfase na sonoridade e foi encenado no Hall do Museu da Escola Catarinense.

 

Para a nova versão do espetáculo “o grupo mergulhou na continuidade das pesquisas iniciadas em 2014 somando à investigação sonora o aprofundamento das personagens anteriormente esboçadas e investindo em elaboração dramatúrgica”, destaca a diretora da nova concepção cênica, Sulanger Bavaresco.

 

Em cena, a transmissão comemorativa anual da ZYK 693, emissora radiofônica que resiste aos novos meios de comunicação, insistindo em programação nostálgica que abrange entre outros, números musicais, recados dos ouvintes, poesia e rádionovelas. Embora a Rádio Loquaz esteja atravessando percalços e dificuldades financeiras que comprometem sua sobrevivência, seu proprietário e elenco de artistas lançam-se de corpo e alma à cena, acreditando na grandiosidade da arte radiofônica e na possibilidade de despertar o interesse de novos anunciantes e patrocinadores.

 

No início da encenação os personagens apresentam características advindas de suas funções radiofônicas: a “voz de ouro”, a “rainha da rádio”, o “locutor preferido”, o “acordeão de ouro”, a “voz aveludada”, a “voz que embriaga”, o “romântico”, porém, ao longo da transmissão são traídos por suas personalidades e memórias, passando a revelar detalhes de suas vidas pessoais: sonhos, medos, solidão, amores platônicos e paixões passionais.

 

Combinando ficção e realidade, o espetáculo constrói estreito diálogo entre a Rádio Loquaz e o próprio grupo teatral florianopolitano. Para a diretora Sulanger Bavaresco, “a ambientação da encenação em uma emissora de rádio que atravessa dificuldades para levar ao ar sua programação representa o exercício de sobrevivência e resistência do ato teatral em si e não por acaso são destacados em diferentes momentos do espetáculo as memórias pessoais dos atores e do próprio grupo O Dromedário Loquaz, que às vésperas de completar 35 anos de trajetória persiste frente às dificuldades comuns aos coletivos artísticos que desenvolvem pesquisa de grupo e assim como a Rádio Loquaz, luta e resiste para não sair do ar”.

 

Para além dos temas e sonoridade comuns a um programa radiofônico a encenação aposta na construção de nova camada de sons e memória, destacando-se a aproximação de uma tempestade que poderá interromper as transmissões da Rádio Loquaz. e a presença de breves monólogos/testemunhos que revelam segredos dos personagens e memórias reais dos atores. Ao longo do espetáculo a importância do rádio enquanto veículo de comunicação, denúncia e entretenimento se amplifica e possibilita aos espectadores o reencontro com importantes fatos da história mundial, revivendo um tempo em que este veículo era, para muitos, a única possibilidade de conexão com o mundo para além de seus quintais.

 

A rádionovela Pausas de se Ouvir integra a programação da Rádio Loquaz apresenta duas histórias sobrepostas: em um asilo o ancião Pedro Fidélis narra para outros internos uma rádionovela O Órfão da Guerra, na qual o jovem casal Gertrud e Hermman foge da Alemanha rumo ao Brasil para viverem seu amor proibido. Mas os tempos são de guerra e o destino dos casal apaixonado e do próprio ancião está fadado à fatalidade levando a rádionovela a um final surpreendente. Sua encenação apresenta referências do melodrama e conta com a execução de sonoplastia ao vivo. A autoria da rádionovela é de Sulanger Bavaresco a partir de argumento do roteirista Iur Gomes.

 

A trilha sonora do espetáculo conta com canções interpretadas ao vivo pelos atores e outras interpretadas nas vozes de Francisco Petrônio, Caruso e Silvio Caldas, além de jingles inéditos e a inserção de áudios reais das vozes de personalidades das artes, da comunicação e da política, entre eles o Repórter Esso, Jango, Dercy Gonçalves, Getúlio Vargas, Martin Luther King, Marilyn Monroe, Cecilia Meireles, Che Guevara e Isnard Azevedo, o fundador do Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz.

 

 

O “Elenco de Ouro” da Rádio Loquaz

 

Augusto Pedroso (Vilson Rosalino) – É o fundador e proprietário da Rádio Loquaz.  Exigente com sua equipe, assume os microfones como locutor e não abre mão de ser o primeiro cantor da emissora, intitulando- se “a voz de ouro” da Rádio Loquaz.  Sonhador, recusa-se a reconhecer a passagem do tempo e a força dos novos meios de comunicação e luta contra a decadência financeira da Rádio Loquaz enquanto mantém no ar programas nostálgicos como rádionovelas, poesias e recados dos ouvintes. Acredita que a edição comemorativa anual poderá atrair novos patrocinadores.

 

Polidoro Alves (Sérgio Bellozupko) – O “locutor preferido” da Rádio Loquaz está na Rádio Loquaz desde sua fundação e atua como “descobridor de novos talentos” da emissora. Atualmente comanda o programa Madrugada bem Acompanhada e responde por anúncios diversos como condições meteorológicas, notas de falecimentos e notícias urgentes. Talentoso, recusou todos os convites para conduzir programas em Televisão por não querer afastar-se de Carminha Figueiredo, por quem é apaixonado platonicamente há anos.

 

Vírginia Lopes (Márcia Krieger) – É a “eterna Rainha” da Rádio Loquaz. Foi a cantora que inaugurou os microfones da emissora, quando ainda era assediada por uma legião de fãs e apresentava-se acompanhada por orquestra ao vivo. Com o passar dos anos foi perdendo seu vigor artístico e.assistiu a ascensão de novas artistas na Rádio Loquaz, enquanto era relegada à segundos papéis. Atualmente é mantida no quadro de artistas por consideração de Augusto Pedroso, em reconhecimento aos serviços prestados no passado.

 

Domenico (Cezar Pizetta) – É o “acordeão de ouro” da Rádio Loquaz. Com passado desconhecido, o misterioso músico acordeonista foi contratado para acompanhar ao vivo o programa Poesia no Ar. Sempre a espera de uma chance para integrar o primeiro time de artistas da rádio e de integrar o elenco da rádionovela, ele é prestativo em todas as funções técnicas e artísticas, funcionando ainda como “Coringa” na substituição de artistas e técnicos ausentes. Como reconhecimento Augusto Pedroso lhe passou o comando do programa Romantismo Internacional.

 

Carminha Figueiredo (Giovana Rutkoski) – Conhecida como a “voz aveludada” da Rádio Loquaz, é a principal cantora da emissora e passou a integrar o elenco de artistas ainda menina, após ser descoberta por Polidoro Alves em um concurso de talentos. É ainda locutora do programa Alvorada Musical e eventualmente executa ao vivo sonoplastia para a rádionovelas. Extremamente feminina e sensual, ela seduz homens e mulheres, ignorandoo a paixão platônica que Polidoro Alves nutre por ela.

 

Violeta Púrpura (Diana Adada Padilha) – Impetuosa e passional, é a artista mais jovem da Rádio Loquaz. Conhecida como a “voz que embriaga”, ela atua no programa Poesia no Ar e desempenha os papéis de mocinha romântica nas rádionovelas. Ambiciosa e vaidosa considera a rádio apenas um instrumento para alavancar sua carreira. Seu maior temor é findar seus dias como Virginia Lopes e assim, é obcecada por Adalberto Barbosa, acreditando que ele a ama e a levará para longe, em uma vida de amor e sucesso.

 

Adalberto Barbosa – É o “romântico” da Rádio Loquaz. Atua como cantor e sempre responde pelos personagens românticos nas rádionovelas. Campeão de cartas, o artista é assediado pelas rádioouvintes e é alvo da paixão e obsessão de Violeta Púrpura. Personagem ausente na cena, porém onipresente através de sua citação na dramaturgia.

 

Marieta (Julia Maria Bavaresco) – Menina que “sonha” e dá vida à Rádio Loquaz, operando a sonoplastia em cena.

Histórico Rádio Loquaz – Pausas de se ouvir (remontagem)

  • Dias 29 e 30 de junho de 2016 - Teatro Álvaro de Carvalho - Florianópolis SC

  • Dia 18 de agosto de 2016 - Asilo Irmão Joaquim - Florianópolis

  • Dia 11 de setembro de 2016 - apresentação comemorativa aos 141 anos do Teatro Álvaro de Carvalho - Florianópolis SC

  • Dia 24 de setembro de 2016 - Teatro Álvaro de Carvalho - Florianópolis SC

  • Dia 8 de outubro de 2016 -  Centro Cultural da Praça do Poção, no Sertão do Córrego Grande - Florianópolis SC

Ficha Técnica:

Pesquisa musical e trilha: Eugênio Menegaz, Barbara Biscaro, Dimitri Camorlinga e Sulanger Bavaresco

Iluminação: Marco Ribeiro

Cenografia: Sulanger Bavaresco

Figurinos: Adriana Barreto

Playlist ambientação: Julia Bavaresco

Apoio técnico: Maria Zélia Goulart, Magda Scors, Renata Haymussi e Regina Prates

Design gráfico: Mariana Barardi

Assessoria de Imprensa: Giovana Rutkoski

Produção: 5M Técnicas Teatrais

Fotografia: Luiza Filippo 

Elenco Rádio Loquaz (remontagem) Foto de Luiza Filippo - Reestreia no Teatro Álvaro de Cavalho
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