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LA TRAVIATA

2013

Ópera de Giuseppe Verdi com libreto de Francesco Maria Piave 

Realização: Programa Viva Voz Udesc 

Coordenação Geral: Profª. Alicia Cupani

Direção Musical e Regência: Prof. Sérgio Figueiredo

Direção CênicaSulanger Bavaresco e Barbara Biscaro

Elenco:

Alicia Cupani (Violetta Valery)

Thompson Magalhães (Alfredo Germont)

Schäfer Júnior (Giorgio Germont)

Barbara Biscaro (Annina e Flora)

ORQUESTRA ACADÊMICA DA UDESC
Coordenação da Orquestra: Prof. João Eduardo Titton
Regente Assistente de Orquestra: Profª. Maira Kandler

CORO ACADÊMICO DA UDESC

Regente do Coro: ​Profª. Simone Gutjahr

​Apoio Artístico: Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz

O Projeto

Em comemoração aos 200 anos de nascimento de Verdi, e 160 anos da estréia de La Traviata, o Programa de Extensão VivaVoz (UDESC), apresenta uma versão desta ópera num projeto que envolve professores e alunos dos Departamentos de Música, Moda e Cênicas, Coro e Orquestra acadêmica da UDESC, além de participantes da comunidade externa.

É uma montagem acadêmica, com foco no processo de criação e na busca por diferenciais estéticos. Enfatiza-se o percurso de pesquisa e desenvolvimento (individual e coletivo) durante o projeto, que culmina na apresentação da ópera, sem ser esse seu único objetivo.  

As récitas serão no Palácio Cruz e Sousa – Museu Histórico de Santa Catarina, cuja arquitetura revela-se ideal para nossa concepção desta ópera.

A ideia é apresentar outra visão dos espetáculos de ópera (em geral, grandiosos e distantes), colocando o público praticamente dentro da cena. Saindo dos espaços tradicionais - grandes teatros - valoriza-se o caráter intimista propício ao envolvimento com a história e com o gênero. 

Concepção Musical e Cênica
Por ser uma montagem acadêmica e pioneira na UDESC, optamos por alguns cortes na partitura original, reduzindo a obra em um terço. Um dos critérios principais, foi sublinhar a dramaturgia em seus pontos essenciais, ou seja, manter unicamente a estrutura musical necessária para contar a história.  

 

Nossa concepção parte de uma mirada contemporânea da obra, e não se concentra na caracterização dos costumes da época nem adota a estrutura completa do libretto.  Nesta Traviata, o fio condutor se dá a partir do olhar da criada Annina: é através das suas lembranças que a história de Violetta toma forma. Em cena, uma realidade permeada por três camadas de tempo: o tempo presente (Annina); o tempo da memória (Violetta, Alfredo e Germont); e o tempo do sonho/pesadelo (evocado pelo coro).

A memória reconstrói o fato vivido na mente e no corpo do indivíduo, com lacunas e às vezes até mesmo irrealidades. Por isso, a evocação da história de Violetta não tem caráter documental, nem fidelidade jornalística com os acontecimentos passados. Por isso, a liberdade em realizar cortes musicais, ou mesmo um sutil deslocamento de motivos melódicos, em momentos chave.

 

Os personagens são desenhados pela música de Verdi com esmerada caracterização psicológica, aqui realçada pela redução da dramaturgia. Os amantes Violetta e Alfredo vivem em antagonismo com diversas forças: Germont, o pai de Alfredo, simboliza o forte peso da sociedade (de qualquer época), e determina todos os movimentos do casal para a construção de seu final trágico; a condição feminina de Violetta, a representação da mulher ‘livre’, num destino conduzido por homens, tanto quanto o destino das demais mulheres; e a doença, força inexorável que arrasta a obra em plano inclinado, um universo de solidão, fragilidade e delírio.

 

O Espaço

A escolha do espaço intimista dialoga com o desejo de contar uma história privada com a proximidade do segredo entre público e cantores. O espaço vazio, a economia dos objetos e dos figurinos procura realçar o corpo e a voz na cena. A memória é fugidia, inconstante, assim como o papel, o movimento dos corpos, a transitoriedade da vida: uma vez desfeitas as taças, acaba-se a festa, uma vez dispersado o coro, impera a solidão. A cena é habitada apenas pelo essencial com o intuito de simplificar a moldura: na austeridade do espaço vazio, o público se torna testemunha e cúmplice do processo.

La Traviata é uma história atemporal de redenção pelo amor e morte, que pode ser lida enfatizando seu aspecto heróico, trágico, ou simplesmente humano.

(Texto de Alicia Cupani)

Blog do Projeto: http://latraviataudesc.blogspot.com/ 

FICHA TÉCNICA

PREPARAÇÃO CORPORAL DO CORO: Barbara Biscaro

FIGURINOS: Prof. Lucas da Rosa - Programa Economia Criativa /Moda Udesc

BOLSISTAS DO DEPTO DE MODA: Fernanda Cereser / Talyta Bastos

DESENHO DE LUZ: Sulanger Bavaresco

ILUMINAÇÃO: Sulanger Bavaresco e Ivo Godoys (Depto de Artes Cênicas/Udesc)
FOTOGRAFIAS: Bolsista: Thiago Pachalski e Apoio: Rafael Prim Meurer
PROJETO GRÁFICO: Roberto Gorgati

ARTE CARTAZ: Evelyn Henkel
SUPERVISÃO DE ITALIANO: Pier Giorgio de Lucia

OPERAÇÃO DE LEGENDA: Marianne Nobre

DIVULGAÇÃO: Laís Moser (Núcleo de Comunicação/CEART)
PRODUÇÃO: Giselle Royer Bion (Núcleo de Produção Cultural/CEART)
BOLSISTAS VIVAVOZ: Lorena Piacente / Rafael Prim Meurer

APOIO DE PRODUÇÃO: Marlon Spilhere 

APOIO ARTÍSTICO

O apoio artístico do Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz no projeto acadêmico deu-se pela participação sem ônus para o projeto de Sulanger Bavaresco, que respondeu pelas funções de Direção Cênica (dividida com Barbara Biscaro), criação de iluminação e operação técnica de luz.

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