Biografia

 

Sylvio Edgar Feijó Mantovani

(Erechim/RS 17.05.1956 - Florianópolis/SC 14.04.2011)

Cenógrafo, iluminador, arquiteto e ator. Artista que imprimiu contemporaneidade na área da cenografia e iluminação em de Santa Catarina.

 

Formado em arquitetura pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS/RS radicou-se em Florianópolis em 1980, criando o Escritório de Arquitetura Mantovani e Rita. Como arquiteto, dedicou-se especialmente ao desenho e, através de seus traços, linhas e curvas, reforçou o conceito da arquitetura enquanto manifestação artística, colocando seu nome como referencia na arquitetura catarinense contemporânea.

 

Inicia suas atividades teatrais como ator a convite do também arquiteto e diretor teatral Isnard Azevedo (1950 – 1991), no espetáculo Exercícios, Jogos e Cenas, pelo Grupo de Teatro O Dromedário Loquaz, em 1982.

 

Como ator descobriu a possibilidade de levar seus conhecimentos técnicos de arquitetura para a cenografia, dando seus primeiros passos como cenógrafo em parceria com o diretor Isnard Azevedo no espetáculo Nó Cego, em 1983. 

 

Suas criações cenográficas e de iluminação caracterizaram-se pela pesquisa de linhas limpas e arrojadas e o uso de novas tecnologias ao lado de elementos naturais como água, pedras e areia. Atuando em diversas produções de teatro, dança e ópera, desenvolveu projetos cenográficos que surpreenderam pela beleza, contemporaneidade de linguagem e relação simbólica com as obras colocadas em cena, passando a atuar como parceiro direto de diversos diretores catarinenses.

 

A partir de 2004 passa a responder pela cenografia e iluminação das óperas montadas pela Pró-Música de Florianópolis. Transitando entre o realismo e o simbólico, criou ambientação cenográfica para seis óperas, onde, somando tecnologia de vídeo e iluminação primorosa, atingiu excelentes resultados e constituiu parceria duradoura com o autor e diretor Antônio Cunha, que afirma: "Sylvio era antes de tudo um criador e todas as suas criações, sem exceção, se tornaram parte indissociável dos espetáculos. Ao criar um espaço cênico, punha a sua a arte a dialogar com todos os demais elementos que compunham a obra. Para ele, a estética tinha que levar à emoção. Só assim se tornava arte. Tive o privilégio de trabalhar com Sylvio por vários anos tanto na condição de encenador como na de autor. Em todas às vezes, mais que cenógrafo e iluminador, ele foi co-autor".1 

 

Como ator, destaca-se sua interpretação em Que se passa Chê? (1983), Doce Vampiro (1984), As Hienas (1986) e Prenome Fausto (1993). 

 

Como cenógrafo e iluminador, suas principais criações são Catharina, Uma Ópera da Ilha (1996) pela Aprika Produção em Arte; In’perfeito (1997) e Violência (2000) pela Cena 11; Sim eu Sei (1992) e Pronome Fausto (1993) pelo Grupo Armação; Interior (1995) pelo Grupo Acontecendo Por Aí; Dona Maria a Louca (1999) e Quinnipack – Mundos de Vidro (2002 e 2005) pelo Grupo de Teatro Dromedário Loquaz; Cavaleria Rusticana (2004), Rigoletto(2007) e La Traviata (2007) pela Pró-Música de Florianópolis.

 

Pela cenografia do espetáculo In’perfeito (1997), recebeu neste mesmo ano o prêmio de melhor concepção cênica da Associação Paulista dos Críticos de Arte (Prêmio APCA). 

 

 

Nota 1. (Cunha, Antônio – Entrevista – Florianópolis S/C em 23.11.2011) 

Mantovani, Sylvio Edgar Feijó (1959 - 2011)

 

 

Cronologia

Nascimento

1956 - Erechim/ RS 

2011- Florianópolis/SC

 

Formação

19/19 - Cursa arquitetura na Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS/RS

 

Homenagens/Títulos/Prêmios

1983 – Florianópolis SC – Troféu Bastidores – Melhor cenário pelo espetáculo Nó Cego, realizado em parceria com Isnard Azevedo.

1984 – Florianópolis SC – Troféu Bastidores – Melhor ator coadjuvante no espetáculo Que se passa Chê?.

1986 – Florianópolis SC – Troféu Bastidores –Prêmio Especial de Ator no espetáculo As Hienas.

 

Interpretação

1982 – Florianópolis/SC - Exercícios, Jogos e Cenas 

1983 - Florianópolis/SC - O Rapto da Cebolinhas 

1983 - Florianópolis/SC - Que se passa, Che? 

1983 - Florianópolis/SC - Nó Cego 

1984 - Florianópolis/SC - Doce Vampiro

1985 - Florianópolis/SC - Curto Circuito

1986 - Florianópolis/SC - As Hienas

1988 - Florianópolis/SC - Pessoa(s)

1991 – Florianópolis/SC – Como Outra Qualquer no Planeta

1993 - Florianópolis/SC - Prenome Fausto

1994 - Florianópolis/SC - Ato Cultural

2002 - Florianópolis/SC -  Quinnipak – Mundos de Vidro

 

Cenografia e Iluminação

1983 - Florianópolis/SC - Nó Cego

1984 - Florianópolis/SC - Doce Vampiro

1985 - Florianópolis/SC - Curto Circuito

1991 - Florianópolis/SC - A Mais Forte

1992 - Florianópolis/SC - Sim, Eu Sei

1993 - Florianópolis/SC - Prenome Fausto

1994 - Florianópolis/SC - Ato Cultural

1995 - Florianópolis/SC - Agnus Dei

1995 - Florianópolis/SC – Interior

1996 - Florianópolis/SC - Catharina, Uma Ópera da Ilha

1997 - Florianópolis/SC - “In” Perfeito

1998 - Florianópolis/SC - As Quatro Estações

1998 - Florianópolis/SC - Imaginária Ilha Catarina

1999 - Florianópolis/SC - Dona Maria A Louca

2000 - Florianópolis/SC – Violência

2002 - Florianópolis/SC -  Quinnipak – Mundos de Vidro

2004 - Florianópolis/SC – Ópera Cavaleria Rusticana

2005 - Florianópolis/SC -  Quinnipak – Mundos de Vidro (Remontagem) 

2005 - Florianópolis/SC - Ópera A Flauta Mágica

2006 - Florianópolis/SC - Ópera Rigoletto

2007 - Florianópolis/SC - Ópera La Traviata 

2008 - Florianópolis/SC - Ópera O Elixir do Amor

2009 - Florianópolis/SC - Ópera O Barbeiro de Sevilha

 

Iluminação 

2000 - Florianópolis/SC - Mágicos Navegadores 

direção, cenografia, iluminação e sonoplastia pelo espetáculo Curto Circuito. 

1985 – Joinville SC - Festival Catarinense de Teatro – Melhor direção, cenografia e iluminação pelo espetáculo Curto Circuito. 

1986 – Florianópolis SC – Troféu Bastidores – Melhor  direção, cenografia pelo espetáculo As Hienas.

1990 – Florianópolis SC – Troféu Bastidores – Melhor espetáculo, direção e iluminação pelo espetáculo Suor Sagrado.

1993 – Florianópolis SC – É homenageado através da criação do Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo. 

 

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